Defender postos de trabalho <br>na Açoreana

Ana Rita Páscoa, dirigente do Sindicato Nacional dos Profissionais dos Seguros e Afins (Sinapsa) e membro da Comissão de Trabalhadores da Açoreana, disse à Lusa que os trabalhadores da seguradora, antes detida pelo Banif, estão preocupados com a possibilidade de perderem os seus postos de trabalho, caso se concretize a venda à Apollo, uma vez que as informações que possuem indicam que o negócio não garante os 700 empregos. 
A dirigente sindical referiu que, «ao contrário do que a legislação obriga», os funcionários da seguradora não foram envolvidos no processo de venda, mas que, ainda assim, foram conseguindo recolher informações, nomeadamente em reuniões no Ministério das Finanças e com grupos parlamentares, pelo que sabem que nenhuma das propostas de compra da Açoreana «incluía a salvaguarda dos postos de trabalho».

A 29 de Janeiro, o ministro das Finanças garantiu no Parlamento que a proposta que estava a ser negociada não previa «nenhuma perda de emprego», recordou a dirigente do Sinapsa, afirmando, no entanto, que os trabalhadores não ficaram descansados com essa declaração e que a sua maior preocupação é que a Apollo pretenda «fazer a fusão da Açoreana na Tranquilidade» – que tem uma «carteira maior» – , dizendo que «não precisa dos [seus] 700 trabalhadores», disse.

Nova CT na Oitante

Com o lema «Juntos Fazemos a Força», a Lista A foi a única concorrente e vencedora das eleições, realizadas dia 11, para a Comissão de Trabalhadores da Oitante, empresa que ficou com os activos do Banif que o Santander Totta não quis comprar e com os mais de 400 de funcionários dos serviços centrais do banco. Entre os objectivos da comissão eleita estão: alertar as partes envolvidas no «processo de resolução» para a desigualdade de tratamento dos trabalhadores que integravam o Banif e que foram transferidos para a Oitante (o Santander Totta integrou os 1100 funcionários da rede comercial); lutar pela sua integração no Santander Totta ou na Caixa Geral de Depósitos; exigir que a empresa subscreva o Acordo Colectivo de Trabalho do sector bancário.




Mais artigos de: Trabalhadores

Resistir para melhorar

A proposta de Orçamento do Estado para 2016 «reflecte, no seu conjunto, uma alteração do rumo» seguido pelo governo PSD-CDS, mas sofre a marca dos constrangimentos do Tratado Orçamental e das chantagens da UE, afirmou anteontem a CGTP-IN.

Prioridade aos salários na PT

Desde que a Altice comprou a Portugal Telecom não houve uma medida que promovesse a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, protestou o SNTCT, comentando a terceira reunião de negociação do acordo colectivo de trabalho.

Realidade que urge alterar

Na análise aos dados divulgados pelo INE, a CGTP-IN destaca que o número de desempregados continua muito elevado, que a esmagadora maioria não tem qualquer tipo de protecção e que 2015 ficou marcado pelo aumento da precariedade.

Trabalho para as 35 horas

A par de reuniões com o Governo, para concretizar a reposição da duração semanal do trabalho em 35 horas em toda a Administração Pública, foram assinados novos acordos no poder local.

Greve na Seda Ibérica

Os trabalhadores da Seda Ibérica, localizada em Paço de Arcos, Oeiras, iniciaram anteontem, 16, uma greve de duas horas por turno, que decorre até ao dia 21. Em causa está o facto de a administração da empresa – do Grupo Seda Packaging Internacional, líder do...

Os lucros da Galp falam

Os 639 milhões de euros que o Grupo Galp Energia registou em 2015 e que representam um acréscimo de mais de 70 por cento, relativamente aos resultados do ano anterior, «deitam por terra algumas verdades absolutas assumidas pela administração», comentou a Comissão Central...

Em defesa do património

O Sindicato dos Trabalhadores de Arqueologia (Starq) tornou pública uma tomada de posição sobre o estado actual do sector da Arqueologia e do Património, na qual apresenta as suas reivindicações com vista à alteração da política que tem vindo a ser...

Enfermeiros alertam

A Urgência Pediátrica do Centro Hospitalar Lisboa Norte defronta-se com grave carência de enfermeiros, o que compromete a segurança dos cuidados ali prestados, alertou a direcção regional de Lisboa do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, sublinhando...